A inteligência artificial do Facebook e da CMU superumana bate os profissionais de poker humanos

O portal The Verge trouxe hoje uma notícia bombástica para o mundo do poker: A Inteligência Artificial conseguiu bater alguns dos melhores profissionais de poker. 

Em um desafio que durou 12 dias e 10.000 mãos, o sistema de Inteligência Artificial chamado Pluribus enfrentou 12 profissionais em duas configurações – numa o Software jogou ao lado de cinco jogadores profissionais; no outro, cinco versões da IA tocavam com um jogador humano. Ao fim, o Pluribus ganhou em média US $ 5 por mão jogada, com ganhos por hora de cerca de US $ 1.000 (nada mal, não é mesmo).

Entre os jogadores que jogaram contra o Pluribus estava o campeão Chris Fergusson que afirmou: “O Pluribus é um adversário muito difícil de jogar. É muito difícil dar um jeito em qualquer tipo de mão “, disse à reportagem Chris Ferguson, seis vezes campeão do World Series of Poker e um dos 12 profissionais selecionados contra a IA, em comunicado.

Tal feito originou até mesmo uma publicação na Revista Science, uma das revistas de pesquisa mais importantes do mundo. 

Inteligência Artificial e Blefe do Pluribus 

Essa não foi a primeira vez que um computador bate profissionais de poker – isso já havia acontecido em 2015, mas nunca antes com tantos jogadores. 

Segundo matéria da The Verge, para criar um programa capaz de enfrentar esse desafio mais complexo, Noam Brown e seu colega Tuomas Sandholm, professor da CMU, implementaram algumas estratégias cruciais.

Para isso, primeiro eles treinaram o Pluribus a jogar poker jogando contra si mesmo – um processo conhecido como self-play. Esta é uma técnica comum para treinamento em IA, com o sistema capaz de aprender o jogo por tentativa e erro; jogando centenas de milhares de mãos contra si mesmo, ao custo total de US$ 150. 

Outro ponto que impressionou os jogadores foi a capacidade de conseguir grandes lucros com mãos relativamente fracas. 

Além disso, o Pluribus usou e abusou da “Donkey Bet”, jogada usualmente ignorada por jogadores profissionais. 

“É seguro dizer que estamos em um nível sobre-humano e isso não vai mudar”, disse Noam Brown, pesquisador do Facebook AI Research e co-criador do Pluribus, ao The Verge.

O Blefe do Pluribus

É muito comum que pensemos que o blefe é algo essencialmente humano, algo que depende da capacidade humana de mentir e enganar. Mas esta é uma arte que ainda pode ser reduzida a estratégias matematicamente ótimas, diz ele. 

“O Pluribus não vê blefes como uma tentativa de enganação. Ele só vê a decisão que trará o máximo dinheiro nessa situação em particular ”, diz ele. “O que mostramos é que uma IA pode blefar melhor que qualquer humano”.

Conclusão

Qualquer jogadores de qualquer e-game pode esperar por esse dia: O dia em que uma máquina será capaz de bater o humano no seu esporte. A Inteligência Artificial já está despontando em várias áreas do mundo e não seria diferente na dos jogos online.

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