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Os Principais Erros do flop cometidos por iniciantes

Os Principais Erros do flop cometidos por iniciantes

Nas últimas semanas, iniciamos aqui no Shark uma série especial que pretende mostrar quais são os principais erros cometidos pelos jogadores iniciantes e/ou recreativos em cada street de uma mão de No Limit Texas Hold’em. Já listamos as principais falhas do pré-flop, e hoje vamos começar a conversar sobre os principais erros do flop, quando as três primeiras cartas comunitárias são abertas.

A cada carta que se abre na mesa, incontáveis possibilidades são criadas em uma mão de poker. Por isso, quanto mais a mão avança, mais difícil pode ser encontrar a jogada correta. Se você costuma cometer os erros a seguir, certamente estará longe de se tornar um jogador lucrativo no longo prazo.

Analise cada um deles e procure eliminá-los do seu jogo o quanto antes. Alguns são básicos, outros mais aprofundados. Mas todos eles podem ser o motivo de você não conseguir coletar fichas com mãos boas e de perder fichas demais com mãos marginais.

Confira os dois primeiros erros comuns cometidos no flop e fique ligado, porque a segunda parte deste artigo chega na semana que vem!

Não entender qual é o seu tipo de mão

Esse é um dos principais erros do flop que, apesar de muito básico, é muito comum. Depois do flop, imediatamente, você precisa refletir se, diante de tudo que aconteceu no pré-flop, você tem ou não a mão mais forte entre os participantes da rodada. Ao ver as 3 primeiras cartas comunitárias, você pode ter:

  • Top Pair: Você acertou o maior par da mesa. Ex: Você segura AJ e o flop é AT7.
  • Overpair: Você tem um par na mão maior do que as cartas da mesa. Ex: Você segura TT e o flop é 854.
  • Dois pares: Você acertou dois pares no flop. Ex: Você tem T8 e o flop é T83.
  • Trinca: Você acertou uma trinca no flop. Ex: Você tem AK e o flop é KK8.
  • Broca (Gutshot): Você precisa de uma carta para completar uma sequência. Ex: Você tem QT e o flop é K93, faltando o J para a sequência.
  • Duas pontas: Você tem duas possibilidades de completar uma sequência. Ex: Você tem 56 e o flop é 78Q, faltando o 4 ou o 9 para a sequência.
  • Flush Draw: Você tem quatro cartas de um mesmo naipe, faltando uma para o Flush. Ex: Você tem T9 de copas e o flop mostra A64 de copas.
  • Draw monstro: Você tem um flush draw e mais alguma possibilidade, como broca, duas pontas ou top pair. Ex: Você tem K7 de copas e o flop mostra KT3, com o dez e o três de copas.
  • Overcards: Você não acertou nenhum par e nenhum draw, mas suas duas cartas são maiores do que as do flop. Ex: Você tem AQ e o flop mostra T63.
  • Mãos fracas com par: Você acertou algum par que não é o maior da mesa. Ex: Você tem Q8 e o flop é AT8.
  • Mãos fracas sem par: Você não acertou absolutamente nada no flop. Ex: Você tem 97 e o flop é AAJ.

Entender qual é a força da sua mão no flop é primordial para que você possa combinar essa informação com a textura do flop. Não entender esse elemento, inclusive, também é um erro comum que os iniciantes cometem nessa street.

Não entender qual é a textura do flop

A força do seu jogo importa, é claro. Porém, sozinha, ela não quer dizer nada e não entender isso é um dos principais erros do flop. Para tomar suas decisões no pós-flop, você precisa entender o que são texturas diferentes que podem aparecer quando o dealer vira as três primeiras cartas comunitárias. 

É de acordo com a textura do flop que você vai definir por uma C-bet (continuation-bet) ou não, por exemplo, após um raise no pré-flop. Essa textura vai influenciar diretamente em quais são as suas odds em uma mão de poker.

Costuma-se dividir os flops em dois tipos principais de textura: board seco e board com draw (ou molhado). Vamos entender:

Board seco

Um board seco é aquele que apresenta poucos ou nenhum draw. Ou seja, as cartas mostradas no flop estão conectadas entre si. Esse tipo de board pode ter um par, ou uma carta alta e duas baixas, sempre de naipes diferentes.

São exemplos de board secos:

  • A83, todas de naipes diferentes;
  • K95, todas de naipes diferentes;
  • 772, todas de naipes diferentes.

Quanto mais seco for um board, mais improvável será que alguém tenha acertado algum jogo muito forte no flop. Em geral, isso favorece uma continuação de aposta do agressor pré-flop, principalmente quando o board seco apresentar uma carta alta, como A ou K.

Board com draws

Boards com draws são aqueles que apresentam cartas conectadas entre si, abrindo a possibilidade de formação de vários jogos fortes diferentes. As cartas podem estar conectadas por serem próximas no valor (7 e 8, dez e valete) ou por serem do mesmo naipe.

Um board molhado, com draws, é aquele que tem três cartas conectadas, três cartas do mesmo naipe ou, ainda, duas cartas conectadas e duas do mesmo naipe.

Veja alguns exemplos:

  • 876, independente dos naipes;
  • KQ9, independente dos naipes;
  • Q74, todas do mesmo naipe;
  • Q de paus, J3 de ouros.

Assim como um board seco, um board com draws pode ser mais ou menos “molhado”. Quanto mais draws um flop apresentar, maior a probabilidade de algum jogador ter acertado uma mão muito forte.

Não saber o quanto apostar

Atenção: Esse é um dos erros do flop mais determinantes. O tamanho da aposta depois do flop estará totalmente relacionado ao tamanho do pote que foi criado no pré-flop. Muitos iniciantes aplicam bets no flop de um ou dois blinds, o que dá aos adversários situações matemáticas muito favoráveis para pagar a aposta e continuar na mão. 

Da mesma maneira, apostas exageradamente grandes nesta street farão com que mãos piores do que a sua, que pagariam uma bet menor, desistam do jogo. É o famoso “comprar um Fusca pelo preço de uma Ferrari”.

Acertar o tamanho da aposta é dar a chance ao oponente de pagar sem ter a situação certa para isso. Por exemplo, em um pote onde o vilão tem uma broca, uma aposta de que gire em torno de 50 a 70% do pote pode fazê-lo pagar, ainda que suas probabilidades de ganho sejam muito menores que isso.

Voltando às apostas pequenas: se o oponente está em situação de flush draw, com duas cartas a serem batidas, as chances de ele completar o flush no turn ou no river são de aproximadamente 35%. Ou seja, uma aposta pequena demais, que não chegue a essa porcentagem do pote, dará a oportunidade ao vilão de dar um bom call.

Cada situação é diferente e, portanto, o tamanho da aposta não segue uma regra fixa. Porém, se você está começando, saiba que raramente fará sentido fazer qualquer aposta no flop que seja menor do que 35% do valor já colocado no pote. 

Da mesma maneira, apostas maiores do que 75% do pote só devem ser feitas em situações muito específicas. Apostas de meio pote, em geral, costumam ser uma escolha segura nessa situação.

Não desistir de draws

Por mais empolgante que seja ver um draw se abrir para você depois do flop, tome cuidado. Nem sempre será lucrativo perseguir a quinta carta. Dependendo do tamanho das apostas anteriores e das ações feitas pelos adversários, a melhor opção será desistir da sua mão para que você não incorra em um dos erros do flop que trará muitos prejuízos.

O segredo aqui está na matemática. São os números que devem te dizer se vale a pena ou não pagar para tentar encontrar o draw perfeito na próxima street. Além de decidir por pagar ou não, você também precisa ter um plano para a continuação da mão caso não acerte nada. Mesmo que esse plano seja se desligar da rodada.

Para tomar as melhores decisões, você pode ter alguns números em mente em relação a probabilidades:

  • Flush draw: Como citamos acima, as chances de acertar o flush no turn ou river quando seu você já tem quatro cartas no flop é de 35%, aproximadamente uma em três.
  • Duas pontas: Já a probabilidade de acertar uma sequência quando você está com duas pontas no flop (por exemplo: 789T, faltando 6 ou J) é de 20% no turn e 32% somando turn e river. Ou seja, você vai completar a sequência já no turn uma em cada cinco situações como essa.
  • Broca: Por fim, as chances de acertar uma broca que complete a sequência (exemplo:5689, faltando o 7) já no turn são de apenas 8,5%. Somando turn e river, essas chances sobem para 17%, mas ainda ficam menores do que 1 para 5.

Tentar blefar em qualquer situação

Jamais existiu, em qualquer lugar do planeta, no poker online ou ao vivo, um jogador que venceu um torneio de poker puxando todas as mãos em que se envolveu. Isso é completamente impossível de acontecer e, felizmente, é possível vencer um torneio disputando poucas mãos. 

Então por que os jogadores não aceitam quando veem uma mão dar errado e tentam roubar o pote a qualquer custo?

O blefe é um elemento importante do jogo e há certos momentos em que será seu grande aliado. Porém, blefar “de qualquer jeito” simplesmente para não desistir de uma mão é um erro grave – e comum – de jogadores iniciantes e recreativos e é considerado um dos mais custosos erros do flop.

Nos limites menores, muitos jogadores querem apenas se divertir, e boa parte deles sequer sabe exatamente o motivo de estar tomando certas decisões na mesa. Contra esse tipo de adversário, blefes tendem a dar errado, porque o vilão não desenhou em sua mente a mesma jogada que você e não fará contar para saber se vale ou não pagar uma aposta.

Por isso, principalmente nos torneios micro-limits, saber a hora certa de blefar no flop é fundamental. Os chamados semi-blefes, quando você aposta com mãos que ainda não são fortes, mas podem vir a ser nas próximas streets (flush draw, por exemplo) representam uma boa oportunidade.

Além disso, você precisa analisar a mão como um todo. Quais são as posições dos jogadores envolvidos? Como foram as apostas pré-flop? Que cartas favorecem o seu range e que cartas são melhores para o vilão?

Ao decidir pelo blefe no flop, pense também na continuação da mão. Que cartas podem aparecer no turn que vão permitir que você siga blefando?

A resposta de todas essas perguntas vai te ajudar a decidir se é ou não o momento de seguir blefando.

Conclusão

Chegamos ao final de mais um artigo de nossa sequência sobre os erros cometidos pelos iniciantes em cada street de uma mão de Hold’Em. Nas últimas duas semanas você descobriu que, no flop, não pode cometer essas falhas:

  • Não saber qual é o seu tipo de mão
  • Não saber qual é a textura do flop
  • Não saber o quanto apostar
  • Não desistir de draws
  • Tentar blefar em qualquer situação

Releia os dois artigos e busque nunca mais cometer esses erros. No próximo texto iremos conversar sobre os erros mais comuns cometidos quando a quarta carta comunitária aparece na mesa: o turn.

Foto de cottonbro no Pexels

Sobre o Autor

Rafael H.
Rafael H.

Cansado de tomar uma Bad Beat atrás da outra, Rafael decidiu começar a estudar poker. Ao longo do tempo, resolver compartilhar o que ia aprendendo em um blog pessoal - o Shark Poker Reviews. Como jogador recreativo, o autor é um bom blogueiro!

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